Três Luas
Sem brilho, mórbido e ignoto.
Calado, olhando, um para o outro...
Deixando de fazer seu movimento rotatório.
Evita seus atos cotidianos,
Ignora todos os humanos,
Que vivem em seu mundo ilusório!
Quando o sol se põe,
Seu brilho segue o esbatimento!
E qual canção compõe?
A que acelera meu coração, a todo momento...
Ser figurado que não carrega o fardo
Do próprio arrependimento.
E iniciam os meus soluços.
Olho para o alto, mas caio de bruços...
Uma lágrima cai, expulsa do globo ocular!
Um ser falto de misericórdia inicia a perpetuação...
Eu, farto dessa repetição,
Me levanto e começo a lutar!
Inflama meus sentimentos repugnantes.
Me faz correr, um movimento constante,
Até, enfim, me aproximar.
Me agarro em um pequeno pedaço,
Perdido em todo o espaço,
Mas o sol vem me acalmar.
Sua luz serve de fulcro ao meu rancor.
Me aquece com seu exuberante calor,
E começa a pronunciar:
"- Eu, estrela de energia infinita, ininterrupta.
Escolho uma lua abrupta
E a faço parar de brilhar..."
As três luas fugiram em forma de L,
Sabendo que à elas não compele,
E não às cabe julgar.
Eu, apenas um ser ignoto...
Acordo e me encontro deitado, torto
Ouvindo o despertador tocar...
E simplesmente levanto.
(S. L. Schiapim)
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