sexta-feira, 8 de abril de 2011




Três Luas


Sem brilho, mórbido e ignoto.
Calado, olhando, um para o outro...
Deixando de fazer seu movimento rotatório.
Evita seus atos cotidianos,
Ignora todos os humanos,
Que vivem em seu mundo ilusório!

Quando o sol se põe,
Seu brilho segue o esbatimento!
E qual canção compõe?
A que acelera meu coração, a todo momento...
Ser figurado que não carrega o fardo
Do próprio arrependimento.

E iniciam os meus soluços.
Olho para o alto, mas caio de bruços...
Uma lágrima cai, expulsa do globo ocular!
Um ser falto de misericórdia inicia a perpetuação...
Eu, farto dessa repetição,
Me levanto e começo a lutar!

Inflama meus sentimentos repugnantes.
Me faz correr, um movimento constante,
Até, enfim, me aproximar.
Me agarro em um pequeno pedaço,
Perdido em todo o espaço,
Mas o sol vem me acalmar.

Sua luz serve de fulcro ao meu rancor.
Me aquece com seu exuberante calor,
E começa a pronunciar:
"- Eu, estrela de energia infinita, ininterrupta.
Escolho uma lua abrupta
E a faço parar de brilhar..."

As três luas fugiram em forma de L,
Sabendo que à elas não compele,
E não às cabe julgar.
Eu, apenas um ser ignoto...
Acordo e me encontro deitado, torto
Ouvindo o despertador tocar...

E simplesmente levanto.
                     


(S. L. Schiapim)







 

2 comentários:

Luara Potiguara disse...

Essa tua forma de escrever, é tão atrativa aos olhos, a mente, nos faz relaxar e viajar com você, gosto do modo como usa as palavras, gosto do modo como as encaixa em rimas tão lindas ... Já disse: SOU FÃ!

Mayra Ribeiro disse...

"Que vivem em seu mundo ilusório!" Ilusão que movimenta rumos.
Muito bom!

Postar um comentário