Diálogo Entre Opostos
"- Luz total se resume o meu caminho,
Com miríades ao meu lado, não me sinto sozinho...
Não sou refém dos meus instintos nervosos!
Fiel ao Magnânimo, Amado e Magnífico...
O que atraí todos os pacíficos
Que criou o homem, deu força aos seus ossos!
Expulsou, pelas falhas, sua existência...
Por agir como se não tiverdes consciência!
Seduziu milhões para poder guiar.
Abdicou o amor, este airoso sentimento
Tornou o mundo odiento
Sem se arrepender, impossível perdoar!
Aguardarei o momento certo
Para aniquilar esse momento perpétuo!"
Disse isso o anjo que não possuía nome
Ao demônio que, sem parar, o fitava.
Os segundos do relógio estalavam,
Suas palavras voavam, similar a um ciclone...
Ignóbil confiante, fechou seus olhos e cruzou seus braços
Pensou que com sua voz possante, intimidaria os que não possuem laços
"- Ignorei o ser magnânimo por vontade própria!
Escolheria qualquer caminho incognoscível
Mudaria o que era-me possível
Para distorcer essa sua 'realidade ilusória'!
Vou criar outro mundo para chama-lo de 'meu'...
Vou mudar o que um dia já foi seu!
Posso fazer desabar a própria lua.
Já vejo nos humanos um desejo repugnante
De fazer o mal, esse desejo constante
Que faz excitar a ciência crua!
Esse seu quetilquê senhor,
Que eternamente é amor
Mas vai julgar todos os errantes, sua própria criação!"
Disse isso, com um tom de repugnância.
Eu ouvindo essas coisas, na minha plena infância,
Fez acelerar meu ingênuo coração.
Pensei o resto da minha vida sem cansaço.
O vento batia, procurava espaço.
Vinha-me teorias, que meu cérebro, com nojo, expulsava...
Nunca mais caminhei satisfeito,
Sonhava apenas com meu leito,
Assim como o oxigênio e o hidrogênio que eu suava!
Pensei: 'Como um ser de amor poderia causar tal desgraça
Aniquilar os errôneos, não acreditar na união de todas as raças'
Pensei também nas palavras do demônio...
A abdicação do hissope
Onde há água-benta, esse ser cospe...
Mas enfim cheguei a uma resposta:
"- Entre destruir todos os de sua criação
Que escolheram não ter ligação
Nessa vida, nesse tempo, que é tão curto...
Não importa quem morra: bom ou mau...
Esse não é o destino natural,
Se um morre, eu me vestiria em luto!
Prefiro acreditar na mudança dos seres vivos
Ao viverem por algum motivo.
Eu só quero que meus olhos fechem
E que eu nunca mais desperte...
Após ler romanos capitulo 6 versículo 7
Espero que meus pecados se paguem."
Calei as cismas do meu destino.
Findei o caminhar por este asfalto.
Cancelei das matérias toda a rima,
Ao observar, ria, sem pudicícia
Da falta de musicalidade da matéria...
Finalmente finda, essa conversa funérea!
(S. L. Schiapim)
6 comentários:
E todo esse sangue e ódio que vemos ao redor mostra quem supostamente predomina.
Ótimo texto, acredite.
Muito bom, mesmo.
Obrigado. (:
Boa inspiração.. gostei bastante!
"Porque aquele que está morto está justificado do
pecado." (Romanos 6:7)
Então, como sempre jogando bem as palavras e
encaixando bem o texto, você sempre surpreendendo, e
escrevendo de forma apaixonante, gostei muito dessa
leitura, totalmente sua cara, totalmente seu ...
Esse duelo foi perfeito, encaixou-se muito bem aqui
no blog, um blog cheios de ÓTIMOS textos ....
MELHORANDO A CADA POST!
Recebi uma critica negativa sobre o uso de imagens, acho que essas combinaram com o que o poema falava, em determinados momentos... Acredito que não vou mudar isso.
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