sábado, 21 de abril de 2012
Falso Poema
Humanos que enterram sua moral
Mas pergunto: - Que moral, afinal?
Se todos estão sujos por fora
Escuros em seu interior
Semeando ódio e rancor
E sorrindo ao ir embora?
Julgam, ofendem... Se sentindo superiores
Multiplicando todos os odores
Perpetuamente 'certos'
Os segundos insistem em estalar
Sua ira tende a continuar
E o destino sempre os mantêm perto!
Ao andares, não se escutam passos
Deslisam dentro da rodovia
Da sua mentira fria
Falsos... Falsos... Falsos!
Me agarrando em meus poemas imersos
Lendo todos os papéis amarelados
Analisando com os olhos arregalados
Todos os meus falsos versos!
Levanto, tiro o pó de meu dicionário...
O encaro, lembrando de todo meu vocabulário.
E nele, todas as palavras são sinceras...
Saindo dessa vida, simplório e puro,
Não se perde do caminho escuro,
Não se confunde com a luz das eras!
Agacho, recolho minhas palavras do resto.
Num mundo de dúvidas, tento ser honesto...
Onde quem ama mente,
Com o pretérito vago e pouco confiável,
Seu exterior lutando pra se manter estável...
Mas com seu interior podre e doente!
Bom, então sente... Vou abrir um bom vinho.
Brindaremos a queda dos lares,
Toda a depressão criada,
E todos os vagos contos...
Enquanto você mente pra mim...
E eu minto pra você.
- Sérgio Schiapim
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