quarta-feira, 9 de abril de 2014


Exânime


Um pobre resultado de um mero acidente
- Um animal pouco evoluído.
O orgulho de ser pó respirante...
Talvez, deste mesmo concebido.

O arqueado posicionamento dos cromossomos,
Com o batimento apótomo do coração,
Que finda, com uma última expiração...
Antes de saber quem realmente somos.

Inúmeras questões, nulos esclarecimentos,
Alguns cálculos, algumas prosas,
Algumas árvores, algumas rosas,
E a pele segue seu lindo esbatimento.

E sua frequência vai embora
De forma resumida...
Vida, breve vida...
Tão breve quanto esse verso.


- Sérgio Schiapim


"Somos frequências..."


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Jardim Suspenso


No meu cemitério particular
Sem meus poemas completar
Na solidão dos meus próprios sonhos
A borracha fez círculos 
Apagando meus vínculos
Infelicidade eu proponho:

Hoje é outono em meu jardim
Deixo correr o marfim
Que o olhar triste observe
A mágoa correr o papel
Ordenar letras ao fel
Gente feliz não escreve!

Sou o que sua imaginação cria
Deixando sua estrela vazia
Formando rostos no escuro
A constante perseguição
A inconstante inspiração
Quero achar, não procuro

Ouvindo o que vozes roucas dizem
Nas frases que se contradizem
Na sua linguagem fria
Adiciono algumas vogais
Interpreto os pontos finais
E transformo em poesia.

Hoje é inverno em meu jardim
Deixo correr o marfim
Que o olhar triste observe
A mágoa correr o papel
Ordenar letras ao fel
Gente feliz não escreve!



- Sérgio Schiapim




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