terça-feira, 28 de setembro de 2010

Sorria! 'Tristíssimo Palhaço'.







De Pensar na Vida.


Pego meu cigarro, acendo-o com um fósforo.
No tédio de uma viagem, o esquecimento filosófico.
A falta de coerência, de intolerância é servida...
Brinco assim de pensar na vida!



Somente os versos, abranda a alma...
Apagando o fogo momentâneo do ódio e da raiva.
De todas as faíscas sobra-me a água...
Que o meu cigarro, aos poucos, apagava... apagava...



Sorria! 'Tristíssimo palhaço!'.
O ponto final é a véspera do escarro...
Da dor, que em breve, há de vir.



Ignoro a solidão e o fracasso.
Na fé... Na Esperança... Me agarro.
Continuo caminhando, com coragem, a sorrir.




(S. L. Schiapim)





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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O Pó.





Fragmentação das substâncias
Fazendo o vento puxar-te para o outro lado.
Materialização de toda a ânsia
Fazendo da lua um espaço apagado.

A genialidade, o acender de uma lâmpada,
Os espasmos criativos do dia, em suma: a ideia.
Aparecer brilhante em sua forma mais bela,
E me frustrar afundando-me em uma âncora.

Enquanto mais um dia finda...
Vejo novamente o que me faz afundar.
Encosto-me, e fico só.

O que era brilhante e linda
E meus dias poderiam fazer mudar...
... De minhas ideias resta-me o pó!


(S. L. Schiapim)

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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Seguindo Quieto.





Seguindo Quieto

Quando a história não finda,
Meu ímpeto se exausta,
Minha gana termina...
E minh'alma, abafada, fala...
             Com tristeza,

Como alguém que morre,
Semelhante a um falso amor que sofre,
E, com um tom vil de frieza:
"-Não vai reagir a tua fraqueza?!

Continuando a soluçar resmungos,
Deixando a vida parada amontoando fungos,
E fugir de tudo o que devia estar perto?!

Não quero participar de ignóbil martírio!"
... A soluçar depois desse delírio...
Sua perfeita razão... Só me resta ficar quieto.


(S. L. Schiapim)

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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Semelhante ao Vento.





Semelhante ao Vento

Repetidas vezes julgado,
Como mil olhos a me sondar.
Observando sua ironia gargalhar...
Preferia estar entre os 'não criados'.

Vejo a discórdia perfeitamente soletrada
Em algum lugar em seu peito,
Imaginei, sozinho, algum ser perfeito...
Percebo que novamente fiz a conta errada!

Vendo esses ignotos números inteiros,
Algo que não será moldado, nem por um oleiro,
Talvez algo que não pudesse ter existido.

Letras que simplesmente não encaixam em frases.
Ventos com suas inúmeras fases,
De algo que eu não devia ter escrito!

(S. L. Schiapim)

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