Martírio Pelo Tempo
De minha história és o majestoso pioneiro,
Com o movimento contínuo dos seus ponteiros,
Atenuando as dores quotidianas...
Conserva, revela e substitui
O que momentaneamente não flui
Com sua analogia as sensações humanas!
Desperta-me para uma realidade infundada
Me faz temer um amanhã não previsto
Me dá um medo em pensar que fiquei distraída
E me perdi no seu imprevisto
Fazendo de mim apenas uma inexperiente
Deixando meu sorriso menos contente
Afetando meu coração tão machucado
Imponderabilíssimo segundo inacabado...
Também torna a saudade um fardo,
Por ampliar esse doloroso sentimento...
Tornando a falta, FALTA;
Transformando a ausência em AUSÊNCIA...
Em todas as notas do vagaroso instrumento.
Mas quando passas me olhas nos olhos
Desfazendo meus planos de fugir de você
Assim também faz com as feridas,
Que se curam ao te ver.
Eis que é o dono da minha vida,
Ora vejo a sua hora, ora em hora eu vejo você.
Carrega consigo todos os minutos tolos,
Fadados a abrir os inúmeros rolos
Que minha pele obnubilada quer ignorar
Separações, tragédias e finais...
Se perderem entre as suas vogais,
Fazendo sua consoante chorar!
E minhas lágrimas já não pedem tempo
Elas preferem se mostrar da forma mais dolorosa
E você olhando nos meus olhos me afronta
Porque sei que nunca vou estar pronta pra te pedir mais tempo
E meu coração tão desatento, já sabe que você passou
E por mais que eu peça pra você agir,
Ainda mais sinto em mim essa imensa dor.
Lágrimas secas pelas horas passadas
Girando em torno de um infinitivo perpétuo
Abstrato ao seu pretérito imperfeito
E todas as outras coisas que nos obrigam estudar
Não finda, não cessa e não pausa
Existe a eternidade em nossos corações!
Segundos, minutos, horas e dias
Seus afazeres são vagos e suas vozes são frias!
Sou o ponto final dos argumentos
Entre o eterno escrever!
(S. L. Schiapim e Luara Potiguara)
"- Minha primeira parceria, escrever junto de outra mente é um verdadeiro espetáculo,
A diferença de escrita e seus toques pessoas ficam nítidos...
É lindo!"
7 comentários:
Ei, parceria perfeita!!!!
Realmente ficou uma linda poesia... como sempre digo à vc, é algo inexplicável, mistura de sentimentos, alcançando a perfeição ;-)
Estão de parabéns!
Parabéns! (: Belo texto! Realmente somos prisioneiros de um tempo que as vezes nos resta e outras nos falta... É complexo e paradoxo, mas esse é o tempo do mundo que nos cerca né! :/
Deeeeeeeemais,muito lindo o poema,vocês vão longe,muiiito longe mesmo,nós aprisionados ao tempo,muito tempo para uns e pouco para muitos,o futuro é incerto mesmo que façamos planos,só o tempo para nos dizer se vamos conclui-los!!
Abração e obrigado por compartilhar!!
Sérgio poeta, encontraste outra poeta que sinceramente, se fundiram, mentes parecidas, mas nítido o toque de leveza dela (estou errada?).
Esse poema me fez lembrar um grande amor, sempre ele, perdido no tempo, nas horas, nos erros...admito, mais meus do que dele. Sempre que leio poemas que falam de dor, tempo, lágrimas, é dele que eu lembro. Será que nunca mais vou sentir nada parecido por alguém? Foi meu último grande amor da vida. Depois dele, não encontrei nenhum olhar parecido, nenhum sorriso como o dele me fez sentir...
Poemas lindos, bem escritos e nada rasos, nos fazem ir mais fundo em nossas lembranças. Esses são os maravilhosos poetas!!!! Que nos fazem sentir!!!Bela parceria!!! Continuem!!!
abraços aos dois poetas!!!!
Carla, uma coisa que eu aprendi, mesmo tendo muito o que aprender, é que o tempo não revela... O tempo guarda pra si... Deixa fixado em um período no qual as vezes encontramos e não vemos, ou encontramos e vemos... Cabe mais a nós do que ao tempo. Se você procura algo, você encontrará esse algo.
Adoro seus comentários, agradeço os elogios.
Adorei suas palavras, obrigada também!!!!
obs.: vou me lembrar destas palavras.
abração!
Sergio, voce é incrivel nas palavras.
"sou o ponto final dos argumentos" ou seja, a decisão. Pois o tempo segue em frente, para trás só as lembranças, então... é preciso ser cuidadoso com o presente.
BEIJOS
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