sábado, 19 de outubro de 2013




Voz


Infinitos cantos magnânimos,
Agregados à frequência senoidal...
Acumulada explosão vocal
Da extensão do que somos!

Onda carregada de informação...
Frases lindas transmitidas,
No calor da nota sentida,
No frio de cada recordação.

Trazendo atenção e encanto,
Nos sucessivos segundos.
Aliviando o antes impossível.

Sentir arrepios de espanto,
Habilidade de calar outros mundos...
Linda invisibilidade audível!



- Sérgio Schiapim




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sábado, 28 de setembro de 2013



Desespero


Fluxo contínuo de pensamentos,
Jaz no menino odiento,
Onde cada palavra morre.
A tristeza no orbe proveniente,
Finda o clima abrangente
Em cada gota que escorre...

Desaproveitada natureza da precisão.
Joelhos juntos, face no chão.
Ignorante poeira...
O seu próprio silêncio escutando,
Suas lamentações ecoando,
Derrubando seus ideais em fileiras.

A dança da repetição,
O inexistir da concentração...
Outrora vasta.
Da soma das vogais surge o grito,
Angustia e desespero em atrito...
E o som: Basta!



- Sérgio Schiapim

"Ando escrevendo menos, estou perdendo a prática."


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domingo, 8 de setembro de 2013





Emociona, cria, choca...
Todo o laço que, rompido, chora.
Na ingrime ladeira da paz.
Vai escorrendo, rente a guia,
As tristezas de quem antes ria
Na descida que deixou pra trás.

Escutou o chamado.
Encheu os bolsos de sentimento...
Teve de ser frio, teve de ser forte.
Sonhou acordado...
Na realidade onde o menino odiento
Aprendeu a lidar com a morte.

Gritos na escuridão.
Rouca a sua voz.
Noites longas.
Dias quietos.
Vazio
E só..

Só.
A sós consigo mesmo.


- Sérgio Schiapim



"A vida é só um detalhe..."


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quarta-feira, 31 de julho de 2013


Verdade


Não escrevo mais,
Não enquadro todas minhas ideias numa folha.
Hoje são cicatrizes na pele.
Carrego comigo todo o fardo acumulado,
Repleto de todo o abstrato
E me marco.

Sou meu próprio papel.
Um pedaço amaçado e sem linhas.
De bordas definidas, mesmo desbotadas...
Que não dorme, não sorri e nem chora.
E permanece nesse estado,
Até ser acompanhado pelas letras.

Deixei de ser presente nas minhas anotações
Talvez pelo excesso de decepções.
Pranto, desconforto, dor e saudade.
Minha poesia está no meu interior,
Se tornou maior valor...
Se tornou verdade.



- Sérgio Schiapim


"Primeiro poema que escrevo após, eu diria, o momento mais triste da minha vida...
Deixei de escrever usando o papel e a caneta. Comecei a carregar os versos na minha pele, no meu interior e nas noites mal dormidas. Depois da ausência de quase 3 meses, voltei a escrever. Estou mais leve. Agradeço o apoio."


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