domingo, 31 de outubro de 2010

Ponto final




Ponto final

E se o emaranhado de letras não formassem frases?
Não mostraria o telso contraste,
Cada qual com sua determinada arte...
Como a lua e suas fases.

E se as rimas morressem?
Cada escrita sem sua musicalidade,
Sem o brilho natural de cada verso...
Sairia nas ruas vestido de luto!

E se você findasse esse verso?
O que mudaria, então?
Como um pedra lapidada, lindo cristal!

E se eu tivesse meu sonho imerso?
Se a luz dos seus olhos ofuscassem a minha visão,
Terei a esperança de você dar o ponto final!



(S. L. Schiapim)

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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

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Luto


Laços,
Aqueles que reservam uma linha à uma única palavra.
Pedaços,
Quanto maior o número maior a esperança quebrada,
Unicamente morta por dentro,
Perfeitamente paralisada pelo tempo.

Uma,
Se resume a isso às vezes que eu pude lhe ver.
Duas
Palavras, resumidamente, é o que tenho há dizer:
"Até logo." Sim!
Ao menos sua dor teve um fim...

Trago comigo, a mágoa de anos já cicatrizada.
Penso comigo: 'De nada vale se prender à uma dor passada.'
Nosso pretérito social não é um pretérito perfeito,
Feito de desacordos a falsos momentos,
Farto de desacordos e falsos momentos...
Falto da melhor palavra para cada momento.

Outro verso me vem em mente,
Um pouco mais alegre, que me fez abrir um sorriso torto.
Guardo esse sorriso para um momento outro,
Na esperança de lhe ver contente!
De momento, um profundo vazio por dentro,
E nenhuma melhor palavra para descrever o luto.


(S. L. Schiapim)

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domingo, 10 de outubro de 2010

Individualidade.



Individualidade

Tentando ver o que sobrou do mundo, com minha ofuscada visão.
Idealizando ideia alguma, perda de tempo.
Os estalos dos segundos não dão tempo para o meu lamento.
Onde o contentamento é a minha principal ilusão.

Manchou a história alegre da qual iria eu escrever.
Mas os capítulos tristes são sempre os mais longos,
Que em cada linha cabe incontável transtorno...
De letras ordenadas, que eu não queria ler.

Já que somos estranhos com a mesma espécie,
Onde não existe nada que acresce...
Deixando viver, deixando crescer.

Sou apenas um 'soldado de bandeira alguma'.
Seguindo sozinho, a pensar, em suma:
'Na individualidade que nos faz viver'.



(S. L. Schiapim)

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