sexta-feira, 1 de julho de 2011




Vida


Um pobre resultado de um mero acidente
- Um animal pouco evoluído.
O orgulho de ser pó respirante...
Talvez, deste mesmo fui concebido

O arqueado posicionamento dos cromossomos,
Com o batimento apótomo do coração,
Que finda, com uma última expiração...
Antes mesmo de saber quem realmente somos.

Muitas questões, poucos esclarecimentos,
Alguns cálculos, algumas prosas,
Algumas árvores, algumas rosas,
E a pele segue seu lindo esbatimento...

E a vida passa, como um estalar de dedos.
Me recordo de meus amores, rio dos meus medos,
Escutando uma máquina apitar e apitar...
Observo, melancolicamente, minha existência findar...

Vida, curta vida...
Tão curta quanto esse verso.


(S. L. Schiapim)

5 comentários:

Cintia disse...

Muito bom, muito intenso, inteligente, sensível...mostra a vida na forma biológica, na forma cotidiana, tudo se unindo numa mesma teia, num mesmo espaço... a vida é curta e seu poema me fez refletir o quanto é intensa, e valiosa.

Unknown disse...

Eu te seguia... E não lembrava. Mas sei porque te seguia, lindas palavras!!!

Janaína ferraz disse...

Gostei do seu blog, criativo e cheio de atitude!
Aproveitei para seguir ;)

www.misturadinamica.blogspot.com

Mery disse...

Penso que é linda a poesia, "e a vida passa como um estalar de dedos"..."vida curta" , me lembrou uma música do Cazuza "vida breve", não lembro o nome.
Vou seguir teu blog, porque gostei, beijinhos, Mery.
Visita-me também!

Sérgio Schiapim disse...

Obrigado pelos elogios, deixando claro que não os mereço.

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